Bo Diddley ★1928 - †2008

Quando paro e penso que uma boa parte dos caras que criaram a base para o rock ser o que é hoje ainda estão vivos, sempre me impressiono.
A capacidade que o rock tem de se reeinventar, mesclar gêneros, abrigar movimentos, estéticas, filosofias, sonoridades é impressionante. Mas o rock não é velho.
A ele se atribui a mesma maturidade que é concedida a uma jovem alma bem vivida. O rock é novo, na verdade. Um moleque. Um Rimbaud que foi convencido a continuar fazendo poesia.
E ele está em boa fase atualmente. Mas ainda que sua saúde momentânea esteja garantida com a profusão de novas e excelentes bandas, a nossa geração tem o triste fardo de presenciar apenas o ocaso de lendas criadoras e absolutas do calibre de Little Richard, Chuck Berry, Fats Domino, Jerry Lee Lewis, assim como foi recentemente com Johnny Cash, Ike Turner, Ray Charles, e hoje, Bo Diddley.
É foda.
Comments
e nem é preciso ver o autor da façanha musical chegar à velhice, para que a platéia se desmanche na pior sensação de todas: a de que o barato da relação do cara com a própria obra acabou ficando em outros tempos mesmo.
mas a gente aprendeu a lamentar a morte. tudo bem.